Fizemos uma lista dos romances
essenciais da literatura brasileira. Aqueles que ajudaram a formar a nossa
tradição literária são estudados e conhecidos em todo mundo e estão
praticamente em todas as provas de conhecimento sobre literatura.
Mas não só isso: indicamos
alguns livros mais contemporâneos que também são muito importantes para a
literatura nacional e outros que não são romances, mas também marcaram
história.
Dom Casmurro (1889), de Machado de Assis.
Difícil seria começar essa
lista com um romance diferente: Dom Casmurro é considerado por especialistas o
maior romance da literatura nacional. A história de amor e tragédia do
triângulo Bentinho, Capitu e Escobar é envolvente do começo ao fim, cheia de
detalhes e reflexões e expõe o lado mais genial do autor.
Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos
São quadros da realidade de
pessoas que têm que migrar de canto em canto fugindo da seca do sertão
brasileiro. Os nordestinos, protagonistas dessa história, são castigados na
busca por uma vida melhor e o livro traça, em forma de capítulos não lineares,
uma obra-prima da literatura regionalista nacional.
Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa
Nesta epopeia da literatura
brasileira, o sertão é o mundo. É narrada por Riobaldo, um ex-jagunço que
filosofa sobre a vida, sobre o sertão, sobre as guerras que viveu e um amor
perdido: Diadorim, mulher que se travestia de homem para conseguir viver entre
os jagunços.
A Pedra do Reino (1971), Ariano Suassuna
O nome inteiro da obra é, na
verdade, Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. O
título denuncia a monumentalidade da escrita de Suassuna, que na época de seu
lançamento foi considerada um marco na literatura nordestina. O narrador está
preso e tenta argumentar a sua defesa contando a história de sua família,
supostamente descendente de reis.
O Cortiço (1890), de Aluísio de Azevedo
A realidade miserável e
tumultuada das famílias cariocas no século XIX é o pano de fundo para este
romance clássico. O Cortiço é o precursor da vida nas favelas do Rio de Janeiro
e fala sobre exploração social, racismo e outros temas críticos.
O Quinze (1930), de Rachel de Queiroz
A autora tinha apenas 19 anos
quando escreveu esse romance que se tornou um clássico. A seca de 1915 no Ceará
é o cenário para contar as histórias de duas famílias que vivem uma grande
desigualdade social no nordeste. A saga da família de Chico Bento e a história
de amor entre Vicente e Conceição cativam o leitor do início ao fim da leitura.
O Guarani (1857), de José de Alencar
É uma história que conta a
fundação do Brasil como enxergava José de Alencar: a mistura do índio com o
branco, da cidade e o campo. Peri é o índio e herói nacional cheio de virtudes
que se apaixona por Ceci, a portuguesa branca, pura e perfeita. Os personagens
que cercam a história também têm papéis alegóricos que representam o Brasil
pós-colonial.
A Rosa do Povo (1945), de Carlos Drummond de Andrade
São 55 poemas que expressam o
melhor do mais renomado poeta brasileiro. Mesmo sendo um livro de poesia, A
Rosa do Povo sempre figura na lista dos livros importantes da literatura
nacional porque trata de temas como o pós-Segunda Guerra, a vida na cidade, o
amor e a morte. Rio de Janeiro é o pano de fundo para esses versos que são uma
obra-prima do autor.
Morte e Vida Severina (1967), de João Cabral de Melo Neto
Mais uma obra que trata do tema
da seca, dos retirantes e da miséria. Mas desta vez, em forma de poema!
Dividido em 18 partes, a obra conta a trajetória de Severino, que deixa o
sertão em busca de melhores condições de vida no litoral, e os personagens, também
sofridos e “severinos” que ele encontra no caminho.
O último livro publicado de
Clarice e um dos mais conhecidos conta a história de Macabéa, uma garota
nordestina que tenta sobreviver na cidade. É também um livro que filosofa sobre
a vida, a arte e o próprio ato de escrever. Indispensável para quem gosta de
praticar escrita.
O que é bacana saber sobre
vários desses livros é: a maioria pode ser baixada gratuitamente pela internet
através do site do Domínio Público.
Então, prepare a pastinha de “clássicos da literatura” no computador,
sente-se à vontade e mergulhe em nosso tesouro literário!
“Pensador”
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